Análise do jogo SOMA
Entre os jogos já lançados no ano de 2015, SOMA é um daqueles que faz você refletir, mas não de uma forma intelectual e sim desconsertante, você não precisa ser um gênio pra sentir e entender o que acontece no jogo, mesmo ele tendo questões dignas de uma boa história de ficção cientifica.
Confira aqui, dicas para zerar o SOMA.
Produzido e desenvolvido pela Frictional Games, a mesma empresa de Amnesia, o jogo que revolucionou o mundo dos jogos de terror, SOMA herda a sua sensação de incerteza e desamparo, mas vai além disso, o jogo claramente não é uma cópia ou continuação do que a desenvolvedora possui em seu legado, ele mexe com medos que normalmente não paramos para pensar a respeito e até mesmo em questões que nem ousamos pensar.
Você irá se surpreender como rapidamente o mundo de SOMA é imersivo, você estará em pouco tempo envolvido com a história e seus personagens.
Desde o início do jogo até o final você começará a fazer perguntas a si mesmo que nunca havia feito antes, seja por ignorância, auto defesa, medo ou necessidade.
Algo que ajuda na imersão além da sonorização e ambiente são os diálogos entre os personagens que surpreendentemente são bem humanos.
Apesar de ser um jogo 3D em primeira pessoa, você não terá armas para se defender dos perigos encontrados no caminho, você tem que se esconder ou correr no momento certo, e acredite, você saberá qual é esse momento através dos sinais visuais e sonoros que o jogo transmite.
A campanha solo é a única opção já que todo o jogo é fortemente voltado para a história principal, o isolamento e conceito geral do jogo não poderia ser muito bem representado se você estivesse jogando com outra pessoa em multiplayer.
Ser atacado no jogo nem sempre quer dizer morte imediata, mas os efeitos na tela em consequência disso já faz você evitar o contato com inimigo o máximo possível, ao sofrer um ataque o personagem ficará atordoado e a visão dele não vai ser tão nítida como antes.
Se você for muitas vezes atacado o seu personagem morrerá, mas para evitar isso a energia vital dele pode ser restaurada através de um recurso bem diferente dos kits de primeiro socorros comumente usados em jogos de terror.
Em certos momentos senti a mesma irritação ao ser perseguida pelo personagem de terror Slenderman, o som que a música subitamente produz e a interrupção da imagem ao estar perto dele foram os principais fatores que me levaram a um estado de desespero.
O cenário e estilo remetem ao do jogo também de terror Alien Isolation lançado em 2014 por outra desenvolvedora, isso pode ser notado no visual frio repleto de equipamentos tecnológicos em ambientes sem janelas e ar puro, mas com o nítido rastro de seres humanos que no local habitam, o quase que constante isolamento do personagem principal e a necessidade de manejo de equipamentos tecnológicos para avançar com o jogo.
Com cerca de 10 horas é possível completar o jogo, para quem gosta de explorar e encontrar todos os conteúdos do jogo não se decepcionará com os pedaços da história que podem ser encontrados, cada um deles faz você entender melhor o que aconteceu no jogo, apesar disso é um tanto quanto decepcionante abrir a porta de tantos armários e não encontrar nada além de roupas ou objetos que nada dizem da história.
Outra característica bem parecida com a do jogo dos Aliens é em alguns momentos da gameplay onde uma criatura está no ambiente e o seu personagem precisa passar despercebido, porém é importante destacar que o monstro em questão não é um ser superior como os Aliens e portanto passar por eles não é uma tarefa tão difícil.
Falando em dificuldade, o jogo não lhe dá a opção de jogar no mais fácil ou mais difícil, apesar de ter momentos mais complicados que você não conseguirá passar na primeira tentativa, não é muito difícil encontrar o caminho certo e prosseguir, os puzzles ou quebra-cabeças também estão no jogo, mas não são de um nível acima do normal, basta um pouco de exploração e atenção para completar o jogo.
Mais assustador do que os ambientes claustrofóbicos cobertos por algo que parece vivo e morto ao mesmo tempo, mais apavorante do que somente encontrar sangue ao invés de pessoas vivas e fugir de uma ameaça que você não consegue ao certo identificar o que é, são as questões existenciais e morais que o jogo apresenta.
Você irá se deparar com escolhas que realmente não mudam verdadeiramente o seu progresso na partida e não o impedem de zerar o jogo, mas essas escolhas estão lá e você pode ignorá-las ou não, será que adiantaria fazer uma escolha “certa” quando tudo já está perdido? Qual seria o significado de disputar uma batalha que você já perdeu antes mesmo de começar?
Análise de Soma – Conclusão
Esse jogo é bem diferente e tem uma mensagem interessante, com vários puzzles e
Você já jogou o Soma? Está com alguma dúvida sobre ele? Ou simplesmente gostaria de comentar sobre o que aconteceu no game? Deixe um comentário logo abaixo.
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