Análise do jogo INSIDE
Neste artigo você irá conferir uma análise completa do jogo INSIDE, jogo esse criado pelas mesmas pessoas que fizeram o jogo LIMBO.
INSIDE está disponível para PC, PS4 e Xbox One, a análise abaixo foi feita com base na versão PC que você pode baixar clicando aqui.
De tempos em tempos aparece no cinema algumas obras que se destacam pela sua sutileza e formato de apresentação, os conhecidos filmes exóticos e de cunho artístico não são para todos os públicos devido a sua natureza ambígua e fora dos padrões de Hollywood.
Esse tipo de representação artística é mais comumente encontrado em pinturas e obras de arte, essas práticas são apreciadas por um público específico que quer mais, que não quer o óbvio, que deseja pensar de uma forma diferente ou se sentir diferente.
Você não está lendo o texto errado, essa é uma análise de um jogo de videogame, mas esse jogo não é como os outros, ele desperta em você sentimentos diferentes, ele expressa algo que não podemos explicar, ele em si é um mistério que podemos encontrar sentido bem no fundo de nossa consciência.
INSIDE apresenta uma história aparentemente ingênua e simples, você controla um garoto que está fugindo de algumas pessoas e vive uma aventura em um ambiente escuro e sombrio, mas isso se você somente olhar superficialmente.
Mesmo que você deseje ignorar os sinais e símbolos do jogo, mesmo que você nunca tenha entrado em contato com histórias tão profundas artisticamente, a gameplay de INSIDE lhe desperta curiosidade, você não sabe porque está fazendo o que faz, mas sabe que deve ser feito e prossegue.
O jogo exige que você descubra o que fazer para continuar, na maior parte do tempo você terá que ver a morte de seu personagem antes de descobrir como avançar, como resultado disso, você verá cenas cruéis e muitas vezes sangrentas.
Em INSIDE há um sistema de salvamento automático que convenientemente sabe exatamente quando deve ser feito, você também não chega em situações onde seu personagem fica preso em uma parte por falha do jogo, se você não consegue continuar, é porque você ainda não observou suas alternativas de outro ponto de vista.
Pode ser que em um momento você desista e resolva olhar em um detonado como passar uma parte, mas isso é muito pouco frequente se você gastar um tempo testando alternativas e explorando o ambiente.
É normal que você jogue horas seguidas e nem sinta desgaste, jogar INSIDE é uma aventura imersiva e nada cansativa.
Pode-se dizer que INSIDE é um jogo pequeno, ele pode ser completado em menos de 4 horas, durante esse tempo ele lhe provoca sensações diferentes ao te levar em cenários tão diversificados e situações diversas.
Em certo momento você vai estar andando, escalando e usando caixas para acessar portas, em outro você estará no fundo de um tanque de água fugindo de inimigos ou quem sabe escondendo sua presença deles.
Além de ter um visual muito bonito, INSIDE é um jogo com detalhes sutis, seja eles na interação dos coadjuvantes com o principal da história ou na presença dos sons e na ausência de música.
Durante a gameplay você vai se deparar com um sentimento de espanto ao saber o que você teve que fazer para avançar, vai sentir com desgosto quando ver a cruel morte de seu personagem, terá um sentimento de desespero e ansiedade para executar os movimentos no momento certo e, por último, toda a simpatia que você sente ou sentiu por seu personagem pode se desmoronar e se tornar em um sentimento de nojo misturado com tristeza, lamentação e agonia.
Uma história que poderia ser banalizada em um jogo comum e com todos os clichés possíveis, vira uma joia bruta pronta para ser lapidada pela imaginação dos jogadores quando é apresentada com a sonorização quieta, a imagem escura com poucas cores e sequencias brutas.
Conclusão
Se você procura um jogo diferenciado e imersivo, não deixe de conferir INSIDE. Um jogo que faz você mergulhar em seu mundo e perder a noção do tempo, para quem jogou e gostou de LIMBO, INSIDE é obrigatório.
O que você achou desse fantástico jogo? Deixe suas opiniões na seção de comentários logo abaixo. Se você ainda não leu a matéria sobre as teorias macabras de LIMBO, clique aqui.
